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quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Vida

setembro 15, 2016 2
 
    Joanna andava olhando para seus próprios pés, contando cada passo dado e evitando cada olhar que lhe era enviado, observava o chão, mas também amava o céu e na sua imensidão se perdia. Era oito ou oitenta, era para o alto ou para baixo, era triste e feliz ao mesmo tempo, era mal de uma jeito bom, e boa de um jeito mal, era simplesmente Joanna. 

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Escuro

julho 11, 2016 1
    
    Um dia me apaixonei pelo escuro,
    sem saber dos seus perigos.
    Sem querer, me viciei no escuro
    e já não conseguia sair de lá
    E um dia me perdi no escuro, 
    e gritei, e pedi socorro e chorei
    Me calei, engasgada, sufocada
    pelo escuro.

   Tentei sair do escuro, 
   mas quando há luz, ele sempre volta
   É difícil respirar, é difícil levantar e pensar.
   É difícil seguir...
   E no escuro tenho ficado, 
   sem janelas, agoniada.
   GRITANDO mudo.
   
  Estou perdida no escuro,
  já não sei como pedir socorro,
  ele me consome, a cada segundo.
  Silêncio, que me ensurdece.
  Amarrada, parada
  Socorro, aq... 

domingo, 12 de junho de 2016

Luto pelo amor

junho 12, 2016 0

   Hoje é dia dos namorados no Brasil, mas hoje, logo hoje, o amor perdeu no mundo. Não a nada o que comemorar, o amor foi baleado, um amor como qualquer outro. Hoje 50 pessoas morreram e pagaram pelo enorme crime de amar.
   Até quando milhares de LGBTs continuaram pagando pelo preconceito, até quando continuarão sentindo medo de amar, se escondendo e mentindo para si mesmos. Até quando o amor será errado, condenado, menosprezado? Eles não tem culpa, não é errado amar, não é errado sentir, o amor não tem sexo, não tem raça e nem nacionalidade, mas o seu ódio sim. Hoje 50 pessoas morreram, 50 amantes, 50 filhos, 50 amigos, acima de tudo 50 pessoas, como eu e como você, foram mortas por amar seus iguais.
   Não tem nada errado em ser lésbica, gay, bi ou trans, mas quer saber o que tem muito, mas muito erro? Seu preconceito. 50 vidas em um mesmo lugar mortas pela mão de uma mesma pessoa, mas quantas são mortas pela sociedade que julga, exclui, diz que não é normal, não aceita, bate, xinga, diz que é contra a bíblia? Esses atos também matam, vidas se perdem por causa do preconceito, preconceito contra o mais puro dos sentimentos.
    Lembro que Deus me ensinou a sempre amar ao próximo como a mim mesma, e assim procuro sempre fazer, me estranha ver tanta gente machucando LGBTs em nome de Deus, palavras doem tanto como socos, e não cabe a sociedade julgar. Deus ensina a aproximar, não excluir, a entender e não apedrejar. Se você pratica qualquer tipo de preconceito, por favor tire o nome de Deus, do meio dessa sua ignorância, você entendeu os ensinamento Dele tudo errado.
    Hoje o amor foi vencido, hoje fomos mais fracos. Hoje estamos de luto pelo amor, amanhã eu continuarei lutando, como todos os dias, uma pequena batalha perdida, mas no fim dessa guerra, o amor vai vencer. Não há culpa em ser diferente, não são escolhas, se nasce assim e não há nada que pode mudar essa forma de amor, mas a muito o que se pode fazer contra a homofobia. A homofobia mata, hoje foram 50 e amanhã, quantos serão?
    EU LUTO PELO AMOR, o que o mundo vai dizer, quando o amor vencer?


"Não importa se é você gay, hétero ou bi
Lésbica, transexual
Estou no caminho certo, menina
Eu nasci para sobreviver
Não importa se você é preto, branco ou pardo
Albina ou oriental
Estou no caminho certo, menina
Eu nasci para ser corajosa"

"Os conservadores acham que é uma escolha
E que você pode ser curado com algum tratamento e religião
Feitos pelo homem, consertando uma pré-disposição, brincando de Deus"

Deixo aqui duas músicas essenciais para essa luta. </3 
   

domingo, 20 de dezembro de 2015

Girl Power: Eu sou uma mulher, eu posso.

dezembro 20, 2015 0

           Desde que eu era apenas uma garotinha, minha mãe olhava em meus olhos e dizia que um dia eu seria uma mulher, e que os garotos me olhariam de forma diferente. Dizia que eu devia tomar cuidado, e trilhar meus próprios passos, para que eu nunca dependesse de nenhum homem, e para que esse nunca pudesse se achar no direito de me humilhar por eu ser mulher.
           Eu achava isso tudo muito estranho pois, era uma menininha, sonhava em ser a princesa que seria resgatada por um príncipe. Nunca havia pensado que eu mesmo poderia me resgatar. Esse tipo de coisa não acontece nos contos de fadas. Logo achei que isso era alguma estratégia criada pela minha mãe para que eu estudasse e tivesse sucesso, ela queria meu bem estar, e eu sabia disso. Então acolhi seus conselhos com carinho.
            Quando meu corpo começou a se desenvolver, sem eu querer, comecei a esconde-lo atrás de roupas largas. Não queria crescer. Queria apenas continuar jogando futebol na rua com os meninos sem que eles soltassem alguma piadinha sobre meu corpo. Queria voltar a me sentir confortável sendo uma garota. Os jogos aconteciam diariamente, campeonato, atrás de campeonato e eu passei a ser a primeira a ser escolhida pelos times da rua, e talvez ai tenha começado o problema. 
          Conforme fui me destacando a violência passou a acompanhar os meninos que jogavam comigo, assim como esses fazem em jogos oficiais de futebol, eles me empurravam e derrubavam, me chamavam de palavras de baixo calão e no fim do jogo meus joelhos eram os mais machucados, mas também meu saldo de gols eram os maiores. Eu não achava nada de errado nisso, era um jogo e coisas assim acontecem quando se joga um jogo para meninos. Eu deveria me acostumar, era assim que as coisas eram e eu pedia por aquilo, eu nem devia estar ali mesmo. Eu poderia estar brincando de bonecas para treinar como ser mãe mais tarde, mas eu estava na rua, como um moleque. Ia para casa quando já havia escurecido, toda suada, precisando de um banho. 
          Aos poucos as palavras ficaram mais pesadas e os termos usados por eles já não eram  as ofensas usadas nos jogos de futebol quando se quer desestabilizar o adversário. Eles usavam palavras que me desestabilizavam como mulher. Eles começaram a passar a mão em meu corpo e me afastar dos jogos, pois eu era uma mulherzinha e devia achar outra coisa para brincar, algo que fosse apropriado para meninas. Então assim me afastei de todo e qualquer esporte e naquele dia eu entendi o que minha mãe queria me dizer quando eu era apenas uma menininha. Aquilo me encheu de ira. Eu não queria brincar de casinha, não queria brincar de bonecas. Eu gostava de jogar futebol, era isso que eu fazia bem, mas não podia, apenas porque meu corpo era diferente.
            Me dediquei aos livros, e neles descobri que se eu quisesse ser uma princesa eu mesmo devia me resgatar, e devia também me preparar para os dias que viriam a seguir. A vida não seria fácil, não me entenda mal, para ninguém é, independente do gênero, cor ou número que se veste, mas para alguns a vida é ainda mais difícil. Nos livros aprendi a viver outras vidas, e conhecer outros tempos e costumes e foi isso o que mais me chocou e mais me deixou apaixonada. Ter a possibilidade de conhecer a vida antes de mim. Descobri a existência de preconceitos e costumes inexplicáveis e também suas consequências em minha vida. Não se engane, tudo o que temos hoje não vem só do que nós somos ou fomos criados para ser, vem também e principalmente, de pessoas que vieram antes da gente. Eu fui criada para ser uma mulher.
            Ainda não posso dizer que sou uma mulher completa mas sei o que vai significar se um dia chegar a ser uma, eu terei total controle sobre meu corpo, meu dinheiro e minhas ações. Parece um absurdo eu estar falando assim, sobre ter o controle do que já devia ser meu, mas infelizmente, e não só por mim, o meu corpo não é meu. Quando aqueles meninos passaram as mãos em meu corpo, ele não foi meu. Quando um garoto assovia ou me chama de gostosa na rua, o meu corpo não é meu. Quando tenho medo de sair de casa e ser estrupada, o meu corpo não é meu. Quando deixo de usar alguma roupa para não ser chamada de vadia, meu corpo não está sendo meu. Mas se tudo ou algo disso acontecer a responsabilidade é minha, é minha culpa, totalmente minha.
           Descobri que meus direitos e deveres são iguais os de um homem perante a lei, então porque socialmente, ainda recebo salário menor e sou desrespeitada em meu local de trabalho? Se eu posso trabalhar tão pesado quando um homem, se eu posso erguer uma parede e ainda ter um filho, porque ainda me desvalorizam diante de um homem? Porque precisa-se de leis para minha segurança quando tudo que meu marido deve fazer é me respeitar como sua mulher e igual? Não preciso de homem me cuidando ou me sustentando, preciso de um homem me respeitando. Homem e mulher devem se amar e respeitar-se um ao outro, se completar e fazer um do outro seu companheiro. Mulher nenhuma, assim como homem nenhum, precisa de um dono. Esses costume já passaram, me incomoda não ter entrado na cabeça das pessoas, homens e mulheres, ainda.
             Para concluir meu desabafo, gostaria de agradecer a todas as mulheres que lutaram por mim, me deram o direito ao voto, ao trabalho, e a educação e conseguiram minha liberdade. Obrigada mulheres que me fazem ver que sou igual ao um homem, mesmo tendo menos força física posso ser tão inteligente e habilidosa quanto um, assim como esse pode ser tão caprichoso, carinhoso e cuidadoso como eu. Se eu soubesse isso antes, nunca teria largado o futebol.
                      

sábado, 21 de novembro de 2015

A distância é só um ponto de vista

novembro 21, 2015 0
            "Depois dele tudo ficou melhor". Isso é tudo que tenho a dizer a quem não considera nosso amor, um amor verdadeiro.
             Fechei meu caderno de anotações e perguntei para as paredes de meu quarto escuro, o motivo pelo qual meu amor vale menos que de outras pessoas. "Tive um dia difícil, ando tensa, cansada e preocupada com as provas finais, mas muito feliz porque o grande dia está chegando. Ele logo chega e em fim nossos primeiros toques físicos irão acontecer, depois de todo esse tempo. Como poderia eu chamar apenas de toques quando os mais profundos e intensos toques já foram produzidos através de nossos sentimentos? 
            Mudamos. A paz se instalou em mim e sei que nele também, nos fazemos bem e, ah Deus, se não for para sempre. Nesse momento sei que não importa a distancia, sei que nada na vida é em vão e isso que estou sentindo é a coisa mais linda que já aconteceu. Descobri também que palavras e sentimentos, realmente são muito mais fortes que toques, aprendi a receber carinho de longe, ou numa frase de bom dia. Aprendi a sorrir. Então, porque insistem em dizer que nada vai dar certo quando tudo já está dando? 
           Conheço meus riscos, mas e quem nos julga, conhece os seus próprios? Me desculpa, mas não venha tentar implantar sua verdade na minha cabeça, vivemos num mundo onde cada um tem a sua, seja ela triste, como a da mulher que sofre violência do marido e acredita que está pagando por algo, ou uma feliz, como a minha, que ainda acredita no amor acima de tudo, que aprendeu a acreditar que pode existir amor.
            Eu não sei o dia de amanhã e Deus sabe o tamanho do risco que estou correndo por amar, afinal todo mundo que ama de alguma forma corre riscos. Cada amor tem seu formato e o meu tem 982km de distância e pra não dizer que isso não o torna diferente do amor de quem o julga, posso dizer que ele é muito maior. Aprendemos a confiar um no outro, na forma que muitos casais por ai que vivem juntos, ainda não podem confiar. Ele me faz feliz, ele tirou meus medos, ele foi feito para mim, que ironia essa distância, que me prende no lugar errado, quando meu coração está a 982km daqui."
          Quando acordei desses pensamentos, sorri, e senti as paredes sorrirem de volta. Tudo fez sentido, "cada um tem sua verdade, cabe a você escolher qual é a sua, só você conhece o que te faz ter frio na barriga."

sábado, 14 de novembro de 2015

Para Lucy, com amor.

novembro 14, 2015 0
   Edgar, levantou a cabeça, estava sonolento e sem conseguir raciocinar direito, olhou para os dois lados, na janela a chuva caia, estava escuro, via-se apenas as luzes da madrugada agitada na cidade, olhou o relógio e notou que havia cochilado em cima de seu manuscrito outra vez. Edgar havia feito da penumbra seu conforto e mesmo que gostasse de tira-la como companheira, ficava feliz pelos cochilos repentinos que ocorriam, enquanto tentava voltar a tudo que viveu, e passar para o papel, depois de tantos anos de insonia, pesadelos e medo, ocasionados por aquela noite que agora viraria um livro, e seria passado a outras pessoas em forma de ficção, irreal, velha e impossível. Apenas história.
   Ao olhar no relógio, Edgar decidiu voltar a escrever, era quatro e quinze da madrugada, no dia treze de novembro de dois mil e trinta, quarta-feira. Quinze anos haviam se passado. Há quinze anos - Meu Deus!- ele já não dormia e também já não cantava, tinha pesadelos acordado e sempre achava que era o fim, mas se reerguia por ela, Lucy, sua amada. 
   A quinze anos, nesse dia, Lucy estava grávida, mas Edgar nunca soube, saberia nesta noite, e Lucy receberia um pedido de casamento surpresa, estava tudo planejado, seria lindo. Em meio a multidão Edgar pediria Lucy para ficarem juntos até o fim de suas vidas, mas o pedido nunca aconteceu e o fim da vida de Lucy chegou antes mesmo de Edgar pedir pela chance de acompanhá-la. 
   - Ah Lucy, meu amor, porque diabos eu não te ouvi naquele dia? Se eu te ouvisse mais, eu saberia que o Comptoire Voltaire não era o melhor lugar para uma sexta-feira a noite, mas poxa o momento pedia algo especial minha querida, por favor, me perdoe, pois eu já não posso me perdoar. - Falava Edgar sozinho pela madrugada.
    Edgar, havia sobrevivido aos atentados terroristas que ocorreram na França, naquele dia e lá, na cidade do amor, perderá o seu. Resolveu voltar para o Brasil nos dias posteriores as mortes, Paris já não era a mesma, a cidade tentava se reerguer, mas para ele, agora só restava lembranças ruins do lugar que amou e morou por três anos, O lugar onde encontrou e perdeu o amor da sua vida. 
     Lucy já não estava com ele, Edgar seguiu, assim como todos que viviam na França nesse ano, e perderam seus entes amados, para essa guerra, essa maldita guerra, que devolveu o vazio para a vida de muitos e o suicídio para outros. O pânico e o ódio. A garra de lutar e a desesperança. 
     Porém Edgar não, Edgar estava cheio de Lucy em si mesmo, não se mataria, pois perderia o que sobrara dela nele, não tinha pânico e nem ódio, não pensava em lutar, estava delirante e já não era o mesmo, ficou doente, e repetia para si mesmo que viveria por ela e pelo filho que ele tanto queria ter, mas acreditava nunca ter passado perto de realizar esse sonho, sem saber da gravidez da amada. Sua vida, passou a ser um reflexo do tiro jogado ao vento, por um terrorista e que acertou o coração de quem mais o amou. Edgar estava sozinho, não queria mas decidiu viver, por Lucy e por todas as outras pessoas que já sofreram assim de alguma forma, seja ela nesses atentados, nos de 11 de setembro, ou passando fome na África, em um terremoto no Japão ou em outra parte do mundo, ou em desastres naturais no tão querido Brasil de Edgar. 
     São milhões de Edgares pelo mundo, e por isso, mesmo sem mais esperanças na humanidade e quinze anos depois, Edgar decidiu relatar sua vida nesse livro, o livro que contava sua história e o seu filme terror, sabendo que existem vários desses filmes por ai, com protagonistas e enredos diferentes, porem com o mesmo sofrimento. 
      O livro se chamava "Para Lucy, com amor" e relatava o quanto é muito mais difícil para quem sobrevive do que para quem morre. Morrer seria a forma mais fácil, mas naquele momento, ele percebeu que precisaria se manter vivo, para não deixar Lucy morrer. Pensando nisso, ele adormeceu novamente, e Lucy que o observava com a mão na barriga, do outro lado do quarto, sorriu para ele uma última vez, acenou e sumiu, havia completado sua missão de guiar Edgar, que tanto a guiou em vida. Edgar, havia finalmente completado o livro.

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Chuva, café e cabelos

outubro 09, 2015 0

  Dia 4 - Apenas Diálogos 


    - Corre, corre para baixo da marquise dessa cafeteria. 
     - Fazia tanto tempo que não chovia assim, quanta chuva, logo hoje.
     - Eu estava sentindo falta de dias assim, tudo parece tão mais bonito, a malancolia desses dias me encantam.
     - Credo garota, qual é o seu problema? Você não gosta da luz do sol?
    - Gosto sim, mas não gosto do calor dele, em  compensação sinta esse clima friozinho que a chuva nos trás, olha esse barulho.
    - Você é doida isso sim, meu cabelo fica horrivel na umidade desses dias, e as fotos ficam escuras.
    - Nossa, jura? Você acaba de receber o certificado do ser mais futil já conhecido pela minha pessoa, nesses meus 18 anos de vida, você não sente a poesia? Feche seus olhos, e sinta o cheiro de café que vem dali de dentro, enquanto ouve a melodia da chuva. 
    - Eu odeio café!
    - Annaaaa! Garota acorda! A chuva é o que temos agora, ficar reclamando sobre a forma que seu cabelo toma em resposta da chuva só vai te deixar mal humorada.
     - Mas olha só...
     - Amiga, você continua linda, mas olha em volta, você não é a única beleza da natureza, olha que momento lindo que você está desperdiçando por estar com medo de estragar seu cabelo, sente a chuva, vem cá me da sua mão, sente comigo, fecha os olhos. 
     - Nossa, o sentimento é realmente bom, mas meu cabelo...
     - Anna seu cabelo continua azul e incrível, mas só de uma forma mais enrolada, mais natural assim como o meu...
     - Mas Jú seu cabelo é lindo...
     - O seu também é, e sabe um dia um garoto no ônibus me entregou um papel e saiu correndo, e nesse papel dizia que meus cachos eram lindos porque mostrava que até a maior confusão poderia ser controlada e usada ao nosso favor.
    - Ah ótimo, então está dizendo que eu escondo? Poxa cabelo cacheado da maior trabalho garota, não tenho essa paciência e essa metáfora ai com confusão é ridícula.
     - Só estou dizendo que não precisamos esconder a todo momento o que somos, seu cabelo liso é lindo garota mas quando assume seus cachos azuis, garota você fica poderosíssima. Aproveita a chuva, seja você, vem aqui comigo, pare de se esconder.
     - Você acha mesmo Jú? 
     - Acho sim, Anninha, pare de esconder seus problemas em baixo da marquise ou da chapinha, e enfrente-os a seu favor. 
     - Você está certa, afinal é só hoje mesmo e essa chuva parecia estar deliciosa.
     - Aff, Anna você  ficou me enrolando e olha só a chuva passou, você não tem jeito mesmo garota. 
     - Você quase me convenceu, sabia? Você é ótima com essas coisas.
     - Mas seu cabelo é tão lindo, aff vamos indo, esse cheiro de café está me matando...