sábado, 9 de janeiro de 2016

Resenha: A Seleção

      Os Estados Unidos estavam quebrados e por conta de uma dívida externa com a China, iniciou-se a quarta guerra mundial, onde os Estados Unidos acabaram sendo derrotados e tiveram seu território tomado pelos chineses, tornando- se um novo país onde a fome e a miséria tomavam conta de quase toda a população...
      



       A seleção é muito mais que um livro sobre garotas competindo para se tornarem princesas e serem felizes ao lado do príncipe encantado. Com uma carga emocional muito forte o livro é uma distopia fantasiada com vestidos de festa e uma vida luxuosa. 
      Quando a quarta guerra mundial acabou, apenas algumas famílias mantinham suas riquezas, o país estava em ruínas e os civis estavam morrendo de fome, para que isso parasse e o país não sumisse do mapa, as pessoas que ali moravam, resolveram doar suas riquezas, ou o que havia sobrado delas, para que o governo pudesse se reconstruir e assim formou-se o país de Iléa. 
       Nesse novo país que apresenta um governo monárquico, as pessoas foram divididas em castas onde tornou-se a família real aquela que mais contribuiu para a reconstrução de Iléa, os chamados "um". Logo os que menos tinham, e mais precisavam, dinheiro ficaram conhecidos como a casta "oito", os marginalizados. 
      América Singer, é uma garota que está longe das melhores castas (um, dois e três), mas também não está nas piores, é uma cinco, uma artista. Ajuda sua família cantando nas festas das castas superiores. Mesmo não vivendo de luxos América se considera a garota mais feliz de Iléa, com seu amor secreto por um seis (empregados) e suas economias ela sonha com seu casamento, mesmo sabendo que seria rebaixada de casta. 
       Tudo muda para América quando ela recebe uma carta da família real convidando-a para se juntar a outras garotas na Seleção, uma competição que acontece desde o inicio de Ílea onde o príncipe escolhe sua futura rainha e esposa em meio de plebeias aumentando assim a diplomacia entre os estados, unindo-os para um só evento. A escolha de uma nova rainha. 
        América se mostra resistente e não quer competir com outras garotas por um garoto que ela nem mesmo conhece, até porque ela tem seu amor secreto por Aspen, mas quando o seu grande amor parte seu coração por querer seu melhor e insiste para que a garota se inscreva na seleção América, sem rumo e querendo se livrar de Aspen aceita ir para o grande palácio, onde vive como uma princesa. Com o coração partido América se aproxima de Maxon, o príncipe, que tem que escolher entre ela e mais trinta e quatro garotas, e os dois formam uma forte amizade e até um pouco mais. 
          Com o passar da estória, América descobre que ser princesa é muito mais do que apenas viver uma vida luxuosa, com vestidos e festas de gala, ela descobre que ser princesa pode trazer a ela a chance de ajudar o seu povo,  o povo de Iléa os marginalizados que não tem nada ou quase nada. (e ainda levar o príncipe gato de brinde claro).


           O livro da autora americana Kiera Cass, mexeu muito comigo, eu esperava apenas mais um romance com cara de conto de fadas, mas me enganei o livro trás a disputa de classes e uma dose de geopolítica. América é uma mulher forte com grande senso de justiça e compaixão, e ainda frágil quando se trata do coração, com certeza representa muitas mulheres por ai. Eu estou totalmente apaixonada pela série e com certeza deixo minha indicação. 



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